Saiba o que o Ministério Público pensa sobre as tarifas ilegalmente cobradas pelas revendedoras

08/04/2012 01:00

Cobrança de comissão de venda de carro é ilegal, diz Ministério Público Consumidor acaba pagando até 12% de taxa para vendedor de veículos.
Banco Central não reconhece a legalidade da cobrança. O consumidor que financia um carro, uma moto ou um caminhão costuma pagar mais do que deveria. Muitos vendedores cobram do cliente a chamada "taxa de retorno". Trata-se de uma comissão que o vendedor recebe por fechar o negócio. Mas o Ministério Público diz que ela é ilegal.   A taxa de retorno é uma espécie de gratificação que alguns bancos e financeiras repassam para os vendedores. A comissão pode chegar a 12% para os profissionais que convencem o cliente a fechar negócio com uma dessas instituições. Mas quem paga é o cliente, que nem percebe o montante porque o valor da comissão acaba diluído nas parcelas.  Em uma loja de Belo Horizonte, para levar um carro usado o cliente tem a opção de ar uma entrada de R$ 5 mil e o restante em 42 prestações de R$ 588,00, incluindo a taxa de retorno. Sem a taxa, o valor da prestação cai para R$ 527,00 - uma redução de R$ 61,00 mensais. Ao final das 42 parcelas, o cliente desembolsaria R$ 2.562 de comissão para a compra de um carro de R$ 14.700,00.  O Ministério Público entende que a taxa de retorno é ilegal e o consumidor pode exigir cada centavo do pagamento indevido. Em Uberlândia, já foi aberto inquérito para apurar a denúncia. A principal prova da investigação está nas mãos dos clientes que compraram veículos financiados: o contrato assinado com a empresa que faz a venda.  A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) diz que a taxa de retorno é livre, e cabe ao consumidor negociar o melhor valor. Em nota, o Banco Central informa que não reconhece a cobrança da taxa[1]

 


[1]https://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL356597-9658,00-MINISTERIO+PUBLICO+DIZ+QUE+COMISSAO+DE+VENDA+DE+CARRO+E+ILEGAL.html